Iluminação artificial nem sempre é suficiente e uma alternativa sustentável em uma edificação, principalmente em espaços com grandes profundidades e dimensões. É nessas áreas, em que as janelas não suprem a necessidade de uma boa ventilação e iluminação, que o uso de iluminação zenital, através de rasgos no telhado e clarabóias se torna essencial.
Em geral recomenda-se que a abertura não passe de 10% da área do piso para que não cause problemas térmicos, mas dependendo da incidência e orientação solar do local dá para se arriscar um pouco mais.
Existem vários elementos que propiciam esse efeito, e o aproveitamento da luz natural dependerá do recurso zenital escolhido. Os lanternins por exemplo são utilizados há anos nas arquiteturas de clima quente como recurso para saída de calor, outro recurso clássico são as cúpulas ou domos que aparecem em catedrais, antigas bibliotecas e prédios históricos, os vitrais e elementos arquitetônicos grandiosos fazem desse tipo de iluminação zenital um espetáculo. Os sheds apresentam melhor desempenho quando orientados para sul, no caso do Brasil, permitindo entrada de luz difusa na maior parte do dia. Já as clarabóias, átrios e pequenas pérgolas são muito utilizadas na arquitetura contemporânea, como elemento funcional de ventilação e iluminação e até mesmo estético, pelo efeito visual que este tipo de entrada de luz causa.
Para realizar um bom projeto, conhecimento e informação em relação ao comportamento e as propriedades dos materiais é fundamental na busca por uma arquitetura eficiente em termos luminosos e técnicos. É necessário cuidado para não projetar ambientes super aquecidos que causam desconforto, aumentando a necessidade do uso de ar condicionado. Conhecer o clima local também é determinante para o dimensionamento correto das aberturas zenitais, permitindo mais qualidade ao ambiente em que as pessoas vivem, estimulando o bem estar e a permanência nesses locais.
Um exemplo interessante é a Pinacoteca do Estado de São Paulo, que sofreu intervenções na sua arquitetura original, sendo acrescentada uma claraboia na região central, área destinada à exposição de esculturas, que devem receber incidência de luz direta, a fim de que as sombras sejam ressaltadas e valorizadas.
Nos projetos da ELLO podemos notar a utilização desses recursos em duas situações:
Na primeira foto temos a utilização desse recurso em uma fachada com orientação sul em que a zenital capta luz para os ambientes do hall e da circulação, tornando esse espaço muito mais agradável. Na segunda imagem, a zenital capta luz para o mezanino (que abriga um estar íntimo) e para a sala de refeições, tornando esses espaços mais integrados entre si e também com o ambiente externo natural, diminuindo a necessidade do uso da iluminação artificial.
É interessante ver as possibilidades que se tem de explorar os elementos arquitetônicos como soluções de projeto no aproveitamento e otimização da luz do Sol, principalmente no nosso país de localização privilegiada, com enorme disponibilidade de luz natural, onde podemos tirar partido desse recurso. Portanto, basta ter iniciativa, conhecimento e vontade de projetar de forma mais sustentável.
Muito interessante o assunto. Mas meu problema são essas dores. Quando sofri uma crise de lombalgia, o médico me indicou desse colchão terapêutico . Quem daqui já ouviu falar? Ouvi dizer que trata até insonia.